- Área: 550 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Dianna Snape
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Fabricantes: Focus
Descrição enviada pela equipe de projeto. O terreno está localizado em Camberwell, Victoria, em uma quadra em L, com vista para um parque arborizado. A arquitetura existente foi pré-moldada no primeiro andar, assentada com clínquer em sua fundação. Suas áreas de estar eram originalmente situadas no primeiro andar.
O brief foi principalmente pragmático. Mais espaço para uma grande família, melhor zoneamento e, principalmente, a criação de uma melhor conexão com o exterior, mas sem perder as vistas deslumbrantes para o parque vizinho. Para resolver as diferentes demandas, criamos um novo nível intermediário para as áreas de convivência e a experiência de entrada na casa foi redirecionada para esse novo centro, que agora serve como elemento de conexão para um zoneamento muito claro para crianças, pais, convidados, área de estar e ao ar livre.
A sensação de estar nesse novo espaço é de se estar de pé em cima da cerca, em total ligação com o parque, com o nível intermediário apresentando um teto alto de aspecto frondoso. O conceito do pavilhão emergiu organicamente a partir daqui. Os pilares de madeira formam os limites de um “pavilhão” e apoiam um teto de madeira. O ritmo desses pilares cria uma tatilidade e uma profundidade nos limites do espaço, balanceando a dureza da superfície do vidro. O clínquer reaparece no novo espaço interno, remetendo a uma integração do exterior com as áreas de estar. Simples luzes pendentes de cerâmicas próximas a cada pilar e uma dramática lareira reforçam a verticalidade do espaço e das árvores vizinhas.
O espaço respeita suas raízes de meados do século com sua horizontalidade, com a clareza das conexões e apoios de aço, materiais naturais e com os detalhes de marcenaria. Uma veneziana externa amplia a onipresente veneziana da década de 1950 e o espaço é decorado com mobiliário de meados do século, mas com estilo contemporâneo.
As novas áreas de convivência foram orientadas a nordeste e noroeste. Grandes panos de vidro são utilizados para levar a beleza natural para dentro e permitir que o sol do inverno penetre profundamente no espaço. Para equilibrar a grande quantidade de superfícies de vidro, foram utilizadas unidades de vidro de alto desempenho térmico, de baixa emissividade (low E).
Grandes paredes internas de tijolos aparentes foram criteriosamente posicionadas para permitir que sua massa térmica receba o sol da manhã, do meio-dia e da tarde, e regule as temperaturas internas durante todo o ano. A penetração do sol é regulada com beirais ao norte e um brise externo que cobre toda a extensão das fachadas principais do nordeste e do noroeste.
Todos os novos espaços são naturalmente ventilados, e toda a madeira natural é nativa, de carvalho. As janelas altas são protegidas do sol poente por aletas profundas que refletem o ritmo do vidro e da ruptura arquitetônica com a casa existente. Elas servem para bloquear o sol quente, mas também para refletir a cor do sol da tarde, criando um ambiente aconchegante nos espaços superiores.